domingo, 3 de maio de 2009

Indios com educação de qualidade

Escola com qualidade para os indios


Aldeia indígena Guarani Tekohá AñeteteFoi inaugurou no dia 16 de abril no interior de Diamante do Oeste, a Escola Estadual Indígena Kuaa Mbo’e, na aldeia indígena Guarani Tekohá Añetete. A escola tem cinco salas de aula, pátio e capacidade para atender 350 alunos. O Governo do Paraná investiu R$ 514 mil na construção e equipamento da escola. Em uma solenidade com rituais religiosos e culturais indígenas, a comunidade Guarani recebeu seus visitantes em uma grande festa, na qual o grupo cultural formado por jovens chamado de Aty Mirí homenageou o governador em exercício Orlando Pessuti cantando uma música em Guarani, que pedia as bênçãos de pais e mães. “Vai ser bom para nossos filhos, porque eles vão aprender através da cultura, aprendendo o Português e o Guarani”, disse o cacique João Temeri Alves. A secretária de Educação Yvelise Arco-Verde salientou que a escola tem todas as ferramentas pedagógicas, como o laboratório de informática com internet e TVs multimídia. “Nós cumprimos aquilo que está posto no discurso e na constituição: realmente damos direito à educação para todos”, afirmou. “As comunidades indígenas eram invisíveis no Paraná, mas hoje não. Eles têm o direito assegurado a uma educação que respeite a sua cultura”, explicou.O diretor Jairo Bortolini contou que a escola funcionava em uma única sala de aula. “Foi uma grande conquista para a comunidade. A escola agora tem todas as condições para o trabalho desenvolvido por alunos, professores e funcionários”, disse. O vice-prefeito do município de Diamante do Oeste, Amarildo Aparecido da Silva, destacou que a obra demonstra a valorização que o Governo do Estado tem dado ao povo indígena. A escola Kuaa Mbo’e, cuja tradução é “Saber Ensinar”, está atendendo 70 alunos na educação infantil e no ensino fundamental bilíngüe. A aldeia Tekohá Añetete, que significa “Terra Prometida”, foi criada em 1997 e reúne cerca de 250 pessoas.. O Governo tem realizado cursos de formação de professores indígenas. Em março passado 30 professores encerraram o curso, do qual outros 100 ainda estão participando.