Prefeito Ricardo Celoni ao lado do Padre Ademar disse que Ramilândia vive dias de medo por ter sido considerada tranqüila demais.
Faz algum tempo que Ramilândia perdeu a ligação com o adjetivo ‘Pacata’, pelo qual ficou conhecida. Moradores do município com pouco mais de quatro mil habitantes, têm vivido dias assustadores, devido os altos índices de criminalidade e vandalismo. O abuso passou a ser tão grande que nem a própria delegacia livrou-se de apedrejamento. São tiroteios, ameaças, roubos, casos envolvendo drogas e armas acontecendo com freqüência, tudo isso porque, desde dezembro, a cidade está sem policiamento, por ter sido considerada “tranqüila demais”. Devido a fatos como este, na semana passada, a comunidade do Rio Xaxim, serviu de sede para protesto que contou com autoridades vizinhas, inclusive a Delegada Tany Razera e o comandante da Polícia militar Cláudio Ricardo, que foram convidados para dar satisfações e responder as dúvidas da população. O Promotor e o Juiz responsável pela comarca foram convocados mas não fizeram-se presentes. Segundo a delegada Tany Razera, Ramilândia deveria ter no mínimo três e no máximo nove policiais, no entanto, Matelândia que é responde pela cidade, tem ao todo 12, e fica a 20 quilômetros de distância. Além de também responder, pelos municípios de Diamante do Oeste, Vera Cruz, Céu Azul , incluindo as comunidades locais. Indignados com essa situação, aproximadamente 300 moradores reuniram-se ontem, pela segunda vez, em Vila Esmeralda, distrito de Matelândia, para participar de manifestação pacífica seguida de celebração, ministrada pelo Padre Ademar e o Pastor Cláudio, igreja Luterana. Faixas com frases que pediam por segurança, foram trazidas por crianças das comunidades vizinhas, Rio Xaxim, São Roque, Vila Brasil, Vila Rural e Santa Luzia. Entre as autoridades políticas, o assessor de gabinete de Matelândia, Kamei, vereadora Kátia, representantes de Céu Azul, Vera Cruz e o poder legislativo de Ramilândia, juntamente com o Prefeito Ricardo Celoni, relataram a sua preocupação e comprometeram-se em procurar ajuda. “Peço para que Deus nos ouça e que as autoridades responsáveis tomem providências”, desabafou o Padre, que vem sofrendo ameaças. “A segurança é uma obrigação, um dever do Estado e um direito do cidadão”, destaca. “Queremos segurança para nossa população!”, disse Celoni e adiantou que estaria participando de uma comitiva juntamente com o presidente da Câmara Fábio Junior Campetelli, o Vereador Roberto Tosta e o Padre Ademar tendo como destino Curitiba. “Temos uma audiência agendada com na secretaria de segurança, com o chefe de gabinete Daniel Conde F. Ribeiro e a coordenadora estadual do conselho de segurança Michelli Lourenço Cabral”. Um documento contendo relatos recentes sobre o caos por qual Ramilândia vem passando, foi elaborado e assinado por secretários municipais, poder legislativo e executivo e representantes das comunidades, será encaminhado aos deputados e ao governo do Estado. A família do produtor rural Haroldo Bolduam, assassinado na semana passada, também participou emocionada, do manifesto.
Os moradores de Ramilândia, Vila Esmeralda, São Roque, Xaxim, Vila Brasil e Agro Cafeeira, marcaram presença, teve faixas e momento de revolta pela falta de segurança.
Fotos e Matéria: Nina Piastrelli Assessora de Imprensa da Prefeitura Municipal de Ramilândia
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